OS MOVIMENTOS SOCIAIS DO CAMPO NO RIO GRANDE DO SUL E A REFORMA AGRÁRIA: DO MASTER AO MST

Autores

  • Daniel Arruda Coronel Universidade Federal de Viçosa (UFV)
  • Adayr da Silva Ilha Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Alex Leonardi Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Palavras-chave:

MST, Reforma Agrária, Estrutura Fundiária. MST, Land reform, Agrarian Structure

Resumo

O Estado do Rio Grande do Sul (RS), devido ao fato de a colonização apresentar várias peculiaridades oriundas do processo imigratório, apresenta uma estrutura fundiária não tão concentradora como em outras regiões do país, não obstante persistirem vários problemas fundiários. Como forma de pressionar os governantes para avançar no processo de reforma agrária, surgiu em 1960 o Movimento dos Agricultores Sem Terra (MASTER), que obteve significativas vitórias, mas se extinguiu devido à ditadura militar que se instaurou no país a partir de abril de 1964. Nos anos oitenta, com a redemocratização do país, surge em Cascavel (PR) o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Nesse contexto, esta pesquisa objetivou diagnosticar as principais críticas e as principais contribuições do MST para o processo de reforma agrária no Estado do Rio Grande do Sul (RS). Os estudos feitos possibilitaram concluir que as principais críticas do MST ao processo de reforma agrária, no RS, são ausência de infraestrutura adequada e poucos créditos e subsídios que são oferecidos ao pequeno agricultor. A reforma agrária, considerada ideal pelo MST, deveria mudar a propriedade da terra, subordinando a produção à justiça social e promovendo o desenvolvimento rural sustentável.

 

 

THE FIELD SOCIAL MOVEMENTS IN RIO GRANDE DO SUL AND THE LAND REFORM: FROM THE MASTER TO THE MST

 

ABSTRACT

The State of Rio Grande do Sul (RS) presents a not so centralizer agrarian structure like the other regions of the country due the fact that the colonization presents several peculiarities resultant of the immigratory process. Nevertheless, several agrarian problems persist. As a way of pressing the government to advance the process of land reform, the No-Land Farmers Movement emerged in 1960 (MASTER), which obtained significant victories. However, it was extinguished due to the military dictatorship that was set up in the country from April 1964. In the eighties, with the return of the country democracy, the No-Land Rural Workers Movement (MST) arises in Cascavel (PR). In this context, this research aimed to diagnose the main criticism and contributions of MST to the land reform process in the State of Rio Grande do Sul (RS). The studies made it possible to conclude that the main criticism from MST to the process of land reform, in Rio Grande do Sul, is a lack of suitable infrastructure and few credits and subsidies that are offered to the small farmer. The land reform, which is considered to be the ideal by MST, should change the property of the land by subordinating the production to the social justice and by promoting the rural sustainable development.

 

Biografia do Autor

Daniel Arruda Coronel, Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Doutorando em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa - UFV, Mestrado em Agronegócios pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS (2008), Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM (2005) e Bolsista de Doutorado da Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).  Currículo Lattes.

Adayr da Silva Ilha, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Doutorado em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa – UFV (1987), Mestrado em Economia Rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS (1982), Graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM (1974). Professor do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. Currículo Lattes.

Alex Leonardi, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutorando em Agronegócios pela UFRGS, Mestrado em Integração Latino-Americana e Economista pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2005), Graduação em Ciências Econômicas pela mesma universidade (2002). Bolsista de Doutorado da CAPES. Currículo Lattes.

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Publicado

2009-11-24

Como Citar

Arruda Coronel, D., Ilha, A. da S., & Leonardi, A. (2009). OS MOVIMENTOS SOCIAIS DO CAMPO NO RIO GRANDE DO SUL E A REFORMA AGRÁRIA: DO MASTER AO MST. Perspectivas Contemporâneas, 4(2). Recuperado de http://periodicos.grupointegrado.br/revista/index.php/perspectivascontemporaneas/article/view/610

Edição

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